Poros Umedecidos

Um banho com vinho em corpos teimosos cegos de tanto desejos, de tanta fome e de tanta sede por peles eriçadas

Pele escorregadia

Meu corpo dentro do teu

Metáforas que voam

E acendem as flores dos nossos poros encharcados pelo desenlace da razão

Sentir Sentindo lágrima de corpo em gozo que arde tua pele como febre repentina

Lágrimas tostando a tez umedecida pelo riso, sorriso de dentro, denso e choro lento expressão de gozo

Expressão maior de corpos em desequilíbrios pelo desnorteios da dor - prazer de corpos desnorteados pelo gozo de almas encaixotadas uma dentro da outra como amálgama que se umedecem com os suores que escorrem poro por poro, pelo por pelo, pele por pele

Ah, menina - teus poros encharcados e umedecidos pelo pulsar pulsante alívio permeável da maciez dos meus poros fertilizados pelo calor da tua boca que escorre o calor do sangue quente de tuas veias pulsantes

Um banho com vinho escorregadio lento por entre as superfícies lubrificadas pelo calor dos hálitos da nossa fome e da nossa sede de sugar teus pelos e peles e poros acesos

(José )

Serrinha - Teofilândia

16:43h

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 02/11/2024
Reeditado em 03/11/2024
Código do texto: T8188077
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