AGORA QUE NÃO MORRO MAIS
Eu sempre escrevi apressado,
com o peito acelerado,
cheio de medo e afã;
infante, desengonçado,
dum jeito desesperado,
como se morresse amanhã.
Mas, agora, Dona Aurora,
que já passei dos cinquenta,
que sei que não morro mais,
escrevo bem calmamente,
explorando a minha mente,
com o peito cheio de Paz.
- Antonio Costta