O Peso dos Dias
Carrega nos ombros o peso do mundo, silente, caminha entre o caos e a fumaça,
honesto, na maré de vozes sujas,
entre promessas vãs e fúria disfarçada.
O relógio marca o tempo da batalha,
o suor é moeda que paga o pão,
a mente, um campo de guerras veladas,
onde sonhos se perdem na neblina da razão.
A cada esquina, o olhar que o condena,
o empurra para o abismo das sombras,
mas ele se ergue, mesmo sem respostas,
com a dignidade que o vento não toma.
A solidão o veste como armadura,
contra a tempestade de mentiras frias,
luta não só pelo corpo, mas pela alma,
por aqueles que sustentam suas vidas vazias.
E à noite, ao retornar à casa calma,
entre paredes que mal conhecem o riso,
ele se permite um suspiro de esperança,
sabendo que amanhã será mais um juízo.