O Peso dos Dias

Carrega nos ombros o peso do mundo, silente, caminha entre o caos e a fumaça,

honesto, na maré de vozes sujas,

entre promessas vãs e fúria disfarçada.

O relógio marca o tempo da batalha,

o suor é moeda que paga o pão,

a mente, um campo de guerras veladas,

onde sonhos se perdem na neblina da razão.

A cada esquina, o olhar que o condena,

o empurra para o abismo das sombras,

mas ele se ergue, mesmo sem respostas,

com a dignidade que o vento não toma.

A solidão o veste como armadura,

contra a tempestade de mentiras frias,

luta não só pelo corpo, mas pela alma,

por aqueles que sustentam suas vidas vazias.

E à noite, ao retornar à casa calma,

entre paredes que mal conhecem o riso,

ele se permite um suspiro de esperança,

sabendo que amanhã será mais um juízo.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 01/11/2024
Código do texto: T8187283
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