AQUELE DELÍRIO
Era a noite com certeza de algo, mesmo sem nenhuma evidência real disso;
Era o corpo em chamas que dançava a febre da canção na cabeça;
Eram as luzes naturais que não iluminavam os olhares mais que perdidos;
Era tudo que estava lá e mais ninguém tinha visto;
Era a alucinação tátil que a calma da doença hoje quer que eu esqueça.
Eram sussurros que diziam nossas coisas que hoje não são reais;
Era a convicção de estar ofegante, com o coração acelerado e endoidecido;
Eram as imaginações e as explosões dos fluidos mais carnais;
Eram os gritos de dor dos desesperos mais banais;
Eram êxtases dos momentos especiais que jamais foram vividos…