CAMINHOS DE MEMÓRIAS
Sente o peso leve das lembranças,
como folhas secas ao vento —
dançam no ar de um ontem distante,
sussurram em silêncio quem você foi.
Em cada memória, um brilho,
reflexo de algo que o agora revela,
desenhando suavemente na pele do tempo
os sonhos que um dia imaginou.
Misturam-se às marcas que a vida teceu —
não cicatrizes, mas mapas de uma jornada
onde passos seus deixaram rastro.
Amigos vieram e ficaram,
alguns como estrelas fixas no seu céu,
outros como cometas,
rastros luminosos que atravessam
os dias escuros.
Eles vivem, não em vitrines de saudade,
mas em jardins de gratidão,
onde o coração floresce a cada visita.
Nos momentos mais simples,
quando o sol se deita sobre a terra,
ou o calor do café repousa em suas mãos,
percebe —
a vida está nos detalhes que se escondem,
nos sorrisos que chegam sem aviso,
nas conversas que preenchem
o vazio de um dia qualquer.
Você é a soma desses instantes,
de cada lágrima, cada riso,
cada olhar que te tocou.
E enquanto o tempo avança,
você se redescobre —
não nas grandes viradas,
mas nos pequenos passos
e nos ecos que ecoam eternos.