Novembro
Chegaste Novembro,
com frio, chuva forte e muito vento ,
trouxeste o mau tempo de Outubro,
juntos estão a causar uma grande balburdia.
Não tem faltado frio, chuva, nem vento,
têm sido dias melancólicos e de nostalgia,
podendo nosso Ser assistir ao vivo,
á mais bela a meu ver Sinfonia ,
com a Mãe Natureza no seu tempo,
com a sua força, e sua beleza ao rubro...
Mas bem vindo sejas, fica á tua vontade,
recebo-te com agrado e recolhimento,
Entra, a minha casa é a tua casa agora
Não ligues a toda a confusão
por aqui e ali espalhada,
é que em cada cantinho da minha casa,
agora também tua, eu guardei um pouco
De todos os teus anteriores irmãos ,
o Janeiro, fevereiro e por aí fora,
até chegares tu agora...
E foi tanta a distração, com eles,
Recolhendo um pouco de cada um,
do que foi bom e assim-assim
como infinitas foram as bênçãos
que Deus enviou para mim,
que nem reparei como rapidamente
as horas, os minutos e os dias se foram
e o tempo ganhou asas e "voou"
Sem demora chegaste no sopro do vento
trouxeste outros aromas , no ar se sente
Não fiques a olhar assim para mim,
estou contente com a tua chegada,
Lembras-me de que faltam 8 semanas,
Apenas 8 semanas para o Advento
e o fim de mais um ano terminar.
Caramba, como sou abençoada,
por ter até aqui chegado...
Gosto de receber bem quem a minha casa vem.
Sou uma boa anfitriã, por isso te peço:
Senta-te um minuto comigo por favor,
Vou servir-te uma ginjinha e castanha assada,
falaremos dos festejos de todos os Santos
e amanhã dos finados, onde só haverá prantos,
ornamentados com crisântemos amarelos
No fim, me dirás o que trazes contigo para todos
Para toda a humanidade...
Ficarei imensamente feliz, se for muita saúde,
esperança em dias melhores, força de vontade,
infinita Fé, infinita Paz e infinito Amor...
Novembro, não esperes pelo S. Martinho pra o sol raiar
e com a sua santidade as nuvens afastar
De vez em quando levanta o teu véu
Deixa que as nuvens se afastem e abram uma brecha,
e do Alto, caiam bênçãos de Deus!