O que espero
De quase tudo que desejo
São coisas quase todas certas
Desperta assim, o que não tem mais medo
Desanda a tv de cada dia!
O que está lento nesse meu prosseguir
Se retira de um verso que não quer mais sorrir
Recolocando o verbo impensado
Recitando o sonho já sonhado
Cenas intraduzíveis na imaginação
Discursos sensíveis à razão
Transcursos perecíveis da vontade
Me reservo ao pouco que me resta
Alçando trilhos conturbados
Na lembrança, no silêncio evitado
De uma flor que quis se abrir
E revelar o quê que havia em si...
(Daniel Cartaxo Penalva)