Em qual estação
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Alcancei a estação, estacionei na melancolia
ao descer do trem, deixei para trás um sonho
que desisti de sonhar... ele não, acompanhou
até aqui os meus passos...
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A viagem não foi tranquila, ainda me deparei
à janela com o sertão da minha infância, onde
descalça eu corria, tonta, menina nem triste,
nem alegria, o meu mundo era de fantasia ...
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durante a viagem inteira, pelas curvas e pelos
trilhos, no movimento, a minha visão embaçou
e na confusão da minha mente, saí do passado,
desliguei-me do futuro, encarando o presente.
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Olhei nos olhos daquele tolo sonho insistente
e falei - escute o que a minha alma tem à dizer;
Feito trem unido aos trilhos, um dia carreguei
na alma, um sonho do qual hoje sou descrente.
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Um trem descarrilhado, sem querer me tornei,
sem compromisso, com nada e nem ninguém...
vou vivendo os caminhos, feito ave pousando,
estações que delas, nem sei.
Liduina do Nascimento