Detalhes sórdidos
Ainda estou no meio do caminho
O mundo é tão estranho, as coisas fora de lugar, escuridão,frio...gemidos no ar...
Soluço, a jornada é árdua e não consigo observar nada além dos detalhes sórdidos
Eu vou seguindo lentamente debaixo desse sol em transe que arde o meu juízo
Apenas ando... é tudo que consigo fazer por hora
Meu coração está tão machucado que qualquer toque, por mais leve que seja, ele sangra...
As feridas estão abertas, cruas, inflamadas
Que até o carinho dói
É sentido como um peso
E pega nas veias fazendo-me chorar
Por medo, penso em desistir
Mas por que desistir se estou no meio do caminho? Penso eu...
O medo de me esquecer para outra vez viver por você é enorme
As incertezas são infinitas...
E as perguntas eu nunca soube responder
Tento não falar nada, não dar sinais
Percebo que o silêncio faz mais barulho
Não vou mais me despedaçar para manter você junto a mim
É preciso saber a hora de soltar as mãos
De romper as acordes que me tocam
Fui tão longe para poder encontar você
Que me perdi de mim só havia você
Ah, eu enlouqueci presa nessa loucura
Eu não mais aceito falta de amor,
Migalhas, não!
Seguir meu rumo é preciso
Cansei de sentir tantas dores
Quero ficar curada para poder viver
Libertar-me de quem tanto me fez sofrer
Recomeçar, reaprender a viver...
Lamber minhas feridas...
Porque em feridas abertas até o carinho machuca e dói...