Soldador dos Sonhos.
Ele solda aço, faíscas no vento,
Mãos firmes que esculpem o concreto e o metal,
Entre o estaleiro e a obra, seu olhar é distante,
Sonha com estradas que serpenteiam o mundo.
As faíscas dançam como estrelas fugazes,
Cada centelha, uma nova rota no mapa,
E enquanto o ferro derrete, ele pensa no horizonte,
Onde o céu é imenso e as cidades são miragens.
O barulho do martelo é música para seus ouvidos,
Ritmado, como o pulsar de seu coração errante,
Nas noites de solda, ele vê rostos nos vapores,
Sente amores que nunca viverá, mas que o queimam por dentro.
Nas ruas de concreto, seu espírito voa alto,
Busca a liberdade entre ruas poeirentas e mares vastos,
Um soldador, mas também poeta,
Que solda sonhos ao vento e palavras ao silêncio.
Ele trabalha com o peso do mundo em seus ombros,
Mas seu espírito é leve, nômade de alma.
Entre vigas de ferro e arranha-céus,
Ele sempre sonha em partir, nunca parar, sempre voar.
Porque o que une o aço, ele sabe bem,
É a mesma faísca que une corações e destinos,
O amor que ele sente é o que constrói pontes,
E em cada solda, ele escreve poesia no ar.