Soldador dos Sonhos.

Ele solda aço, faíscas no vento,

Mãos firmes que esculpem o concreto e o metal,

Entre o estaleiro e a obra, seu olhar é distante,

Sonha com estradas que serpenteiam o mundo.

As faíscas dançam como estrelas fugazes,

Cada centelha, uma nova rota no mapa,

E enquanto o ferro derrete, ele pensa no horizonte,

Onde o céu é imenso e as cidades são miragens.

O barulho do martelo é música para seus ouvidos,

Ritmado, como o pulsar de seu coração errante,

Nas noites de solda, ele vê rostos nos vapores,

Sente amores que nunca viverá, mas que o queimam por dentro.

Nas ruas de concreto, seu espírito voa alto,

Busca a liberdade entre ruas poeirentas e mares vastos,

Um soldador, mas também poeta,

Que solda sonhos ao vento e palavras ao silêncio.

Ele trabalha com o peso do mundo em seus ombros,

Mas seu espírito é leve, nômade de alma.

Entre vigas de ferro e arranha-céus,

Ele sempre sonha em partir, nunca parar, sempre voar.

Porque o que une o aço, ele sabe bem,

É a mesma faísca que une corações e destinos,

O amor que ele sente é o que constrói pontes,

E em cada solda, ele escreve poesia no ar.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 27/10/2024
Código do texto: T8183352
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