Incauto

Não importa o esforço

Conflitam ascendência e decência

Não consigo tocá-las

Vejo-me “forçado” a repetir o passado

Encontro-me “inevitavelmente” preso à “misteriosa” trama do destino

Sinto-me assim..., destinado à solidão perpétua do “louco”

Mas não estando efetivamente só..., reflito...

Percebo que a reverberação ensurdece

Reconheço minha voz e me calo

Não encontrando “eco” entre os que me são caros

Percebo, “inusitadamente”, que têm voz própria

Ruborizo..., empalideço

Entre palavras e gestos

Há quem “palavreie” e “geste”

E há quem “cale o grito surdo do silêncio”

Ipatinga, 27 de outubro de 2024.

Anderson Aquiles
Enviado por Anderson Aquiles em 27/10/2024
Código do texto: T8182995
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