Incauto
Não importa o esforço
Conflitam ascendência e decência
Não consigo tocá-las
Vejo-me “forçado” a repetir o passado
Encontro-me “inevitavelmente” preso à “misteriosa” trama do destino
Sinto-me assim..., destinado à solidão perpétua do “louco”
Mas não estando efetivamente só..., reflito...
Percebo que a reverberação ensurdece
Reconheço minha voz e me calo
Não encontrando “eco” entre os que me são caros
Percebo, “inusitadamente”, que têm voz própria
Ruborizo..., empalideço
Entre palavras e gestos
Há quem “palavreie” e “geste”
E há quem “cale o grito surdo do silêncio”
Ipatinga, 27 de outubro de 2024.