NO CALCANHAR

Sempre te escrevi e sigo

pra te lembrar

da nossa distância com direção

do amor que acontece em forma de vírus

se pega quer queira ou quer não

e se ouvem sinus

Te escrevo pra concluir

que não conseguiremos nos livrar

desse sentimento que sufoca, estrangula

que esta preso na mandíbula

e que nenhuma fábula existe pra narrá-lo

Te escrevo pra minha letra marcar seu gado

com minha escrita doida varrida e escarlate

te marcando permanentemente

Te escrevo porque não tem outro jeito

porque minha mente não descansa

nem nos feriados

já que não falo pelos cotovelos,

mas o que escrevo

é como se rodeasse seus tornozelos

apelos

ainda acredito no seu ponto fraco

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 15/01/2008
Código do texto: T818260
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