NO CALCANHAR
Sempre te escrevi e sigo
pra te lembrar
da nossa distância com direção
do amor que acontece em forma de vírus
se pega quer queira ou quer não
e se ouvem sinus
Te escrevo pra concluir
que não conseguiremos nos livrar
desse sentimento que sufoca, estrangula
que esta preso na mandíbula
e que nenhuma fábula existe pra narrá-lo
Te escrevo pra minha letra marcar seu gado
com minha escrita doida varrida e escarlate
te marcando permanentemente
Te escrevo porque não tem outro jeito
porque minha mente não descansa
nem nos feriados
já que não falo pelos cotovelos,
mas o que escrevo
é como se rodeasse seus tornozelos
apelos
ainda acredito no seu ponto fraco