TERAPIA DE BAR
Sem deixar as controversas
Convivo com o tempo ligeiro
Controlando a hora e a distância
Para ouvir conversa na mesa de bar
Participo das palavras
De riso, dor, lágrima e saudade
Querendo esquecer uma mulher
No último gole do copo
Tem quem ouça e nada responda
Enxugando do outro a lágrima
Que nele não se faz esquecida
Tatuada no cotidiano da memória
Os goles que esvazia o copo
São acompanhados de breves suspiros
Recordando amores jamais esquecidos
Benditos amigos, camaradas de sempre
Sempre chegam sem marcar hora
As vezes uma escondida fuga
Avisando que tem hora para voltar
Quem não tem hora para voltar
Reserva na mesa uma cadeira
Ou espera na quina do balcão
Alguém com olhar perdido entrar
Castro Rosas