TERAPIA DE BAR

Sem deixar as controversas

Convivo com o tempo ligeiro

Controlando a hora e a distância

Para ouvir conversa na mesa de bar

Participo das palavras

De riso, dor, lágrima e saudade

Querendo esquecer uma mulher

No último gole do copo

Tem quem ouça e nada responda

Enxugando do outro a lágrima

Que nele não se faz esquecida

Tatuada no cotidiano da memória

Os goles que esvazia o copo

São acompanhados de breves suspiros

Recordando amores jamais esquecidos

Benditos amigos, camaradas de sempre

Sempre chegam sem marcar hora

As vezes uma escondida fuga

Avisando que tem hora para voltar

Quem não tem hora para voltar

Reserva na mesa uma cadeira

Ou espera na quina do balcão

Alguém com olhar perdido entrar

Castro Rosas

Castro Rosas
Enviado por Castro Rosas em 26/10/2024
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