Nascer e morrer são pétalas da mesma flor,
suores da mesma pele,
faíscas da mesma dor.
São pares cruzando o mesmo chão,
entoando seus véus e nuances em uníssono,
Por vezess se fazem vãos opostos,
um fugindo do outro com furor,
talvez temendo se roçarem, se mesclarem,
pra virarem um só.
Nascer e morrer são faces do mesmo quinhão,
fardos do mesmo lamento,
vértebras da mesma fé.
Quem os entende entrelaçados, irmanados,
chutará longe certas rebarbas, certas inquietudes,
e assim cumprirá as falanges do seu roteiro
mais agigantado, mais aguerrido, mais feliz.