Ande

Deixe o coração bater sem medo

cospe o abismo no risco

desmaie no ventre da noite

não prenda o choro da partida

Ande no caminho da paz

estreite a largura da dor

retire o cisco do osso

abuse, lambuze a luz que há

Desvincule do ódio explícito

dobre na esquina enterrada

cubra a mente de rosas

regasse a cor da alma

Finque-se no espaço das quimeras

absorva ficção sem norte

escorregue no limo da imaginação

debruce no passo da morte...