Céu escuro
Estrela mais bela do meu céu escuro
Cintila altiva na imensidão do universo
Rútila percorre teu vago e invisível caminho
Surges incansável no outro lado do céu
Órbitas siderais na abóbada austral moldadas aos caprichos teus
Dando direção aos incautos que se embrenham nas noites frias
Vais irradiando alegria no imenso breu
Rasgando o véu do mundo que também é teu
Brilha, brilha traçando rotas novas no teu céu
Arrancando suspiros da luz que viaja veloz no teu infinito céu
Poeiras astrais carregas contigo nas correntes do tempo que se perde
Há tanta vida em ti
Há vida aí?
Há toda vida em nós
Nas tramas das certezas
Na graça da tua beleza
Na sorte da folha caída que resiste ao terno brilho teu
Tantos caminhos a percorrer e me perco somente em ti
Que brilha no céu escuro
Feito pedrinha de brilhante iluminando a Terra em todas as horas da noite
Até o primeiro raio de sol surgir no horizonte aquecendo os campos dourados do dia que se inicia.