ETERNO RECOMEÇO & + interações com a mestra: Angélica Lima
ETERNO RECOMEÇO
Assim como a arte me inspira,
A vida mostra-me novos caminhos,
Para manter-me longe da mentira,
E seguir em frente mesmo sozinho...
Pela vida recomeço,
Até que haja progresso,
Nessa alma que conspira,
Pra melhorarmos o ninho,
Assim como a arte me inspira,
A vida mostra-me novos caminhos...
Para o texto:
Recomeços
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NAMORO NO VELÓRIO
No sertão nós bebemos o defunto,
E somente as carpideiras choram...
Há quem paquere e se chegar junto,
Mesmo no velórios os dois namoram...
Se virar um casamento,
Já tem o consentimento,
De todos pra o assunto,
E as tristezas ignoram...
No sertão nós bebemos o defunto,
E somente as carpideiras choram…
Para o texto:
Necrotério Hospitalar - Haikais ⚰️
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A GRANDE JORNADA
Em nossa grande jornada,
Somos sempre assistidos.
Pelas doutrinas deixadas,
Por seres mais evoluídos...
Cristo mostrou a estrada,
E dons nos foi concedidos.
Em nossa grande jornada,
Somos sempre assistidos.
Quando a hora é chegada,
Vemos na escada erguida,
Deus de porta escancarada,
E as duas mãos estendida,
Em nossa grande jornada...
(Reedição)
Para o texto:
Em Espirais
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DESAFIOS
Os vencidos são pilares que disponho,
Pra enfrentar os próximos, como base.
Usar uma tecnologia antes que defase,
É o grande desafio, e também o sonho.
Manter-se informado com dados úteis,
Requer rígida gestão do conhecimento.
Ser livre, sem matar o relacionamento,
Só é viável renunciando a coisas fúteis.
Evoluir em espírito exposto ao pecado,
Ocupa meu anjo da guarda todo tempo.
Mesmo assim, nas orações, eu lamento.
Ser honesto com o exemplo espalhado,
Por governante merecendo ser detento,
Fere-me a alma e de dor, me arrebento.
(Reedição)
Para o texto:
Zona de Conforto
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LIVRE ARBÍTRIO
E RESPONSABILIDADE PÚBLICA
Eu sai do Nordeste com vinte anos, quatrocentos reais, o segundo
científico e com uma carta de minha mãe descrevendo minha
doença e pedindo ajuda pra não me deixarem morrer amíngua.
Trabalhava na roça o dia todo, andava dez quilômetros pra ir a
escola, e quase sempre, dormia sem comer. por isso a crise de
esgotamento físico e nervoso que arrastei na bagagem... Morei
sete anos em cortiço, poderia ser numa favela que o custo seria
parecido, pois dividia um quarto com mais dois. Não sou rico,
mas a culpa é minha, pois somos uma economia capitalista,
onde um camelô pode ficar rico... Viajei o Brasil inteiro e vi
terras devolutas que ainda estão lá, conheci gente que ficou rica,
pois pegou a posse e cultivou. Vi muita gente que adquiriu um
terreno e construiu a própria moradia, e vi sair dez pessoas de
um único cômodo construído de palha no meio do Amapá, onde
não faltava terra muito menos madeira pra construírem sem custo,
uma casa descente... Sou espiritualista e tudo que peço a Deus é
sabedoria pra ajudar as pessoas necessitadas corretamente, pois
quando lhes damos casa e comida pronta, os humilhamos...
Os Sem terra querem tudo, menos terra e menos ainda trabalhar
nela. Mesmo assim, considero uma burrice do governo não
aproveitar o movimento e assentar todo mundo com suporte
técnico, posto de saúde e escola, mas com fiscalização rígida
pra não venderem ilegalmente os lotes, nem desviarem recursos
pra fins criminosos... Resumindo, "a cada um conforme suas
obras" como dizem todos os livros sagrados que li até hoje...
Quanto aos incêndios nas favelas e acidentes hidrográficos nas
periferias ocupadas indevidamente, considero culpado o poder
público, pois é seu dever cuidar da limitação de gabarito na
ocupação do solo e na definição do tipo de edificação dentro
dos municípios, e TEM mais que obrigação de repor em lugar
certo, as moradias perdidas, mesmo as construídas ilegalmente…
(Reedição)
Para o texto:
O Livre-Arbítrio
De: Angélica Lima