Asas da Vida
Guardei minhas asas,
Dobradas com cuidado,
No fundo, de uma gaveta.
E o tempo passou,
Meu céu silenciou,
Mas nunca deixou de existir.
Esqueci o vento,
O toque suave do ar,
Mas as asas, quietas,
Esperavam o dia
De voltar a sentir o céu.
Agora, ao abrir a gaveta,
Mesmo que minhas mãos tremam,
Sei que o voo não se perde.
Apenas repousa, à espera
Do momento certo de renascer.
Porque sempre é tempo de alçar voo,
De se libertar e criar,
Pois o céu nunca nos abandona,
E, mesmo quando o vento se esconde,
Sempre é tempo de ser feliz.