O CORPO SERÁ UMA FESTA

O corpo há de libertar-se do signo,

reinventar-se, ser digno,

como lugar de prazer e euforia.

Nunca mais será domesticado,

silenciado e oculto pela dor,

pela ilusão de alma

ou tutelado pelo Estado.

Toda nudez, todo prazer,

será redimido,

permitido e exibido

a céu aberto.

Toda identidade será relativa

na incerteza do masculino

e do feminino.

O corpo será uma festa

contra a razão e o espírito,

pois cada corpo é um mundo,

livre e soberano sob a inspiração de Dionísio.