O Peão e o Filósofo.
Num canto da cidade, sob o céu em transformação, um filósofo pensava, em busca de uma razão. Com livros e palavras, ele desfiava a vida, questionando o universo, a mente sempre aguerrida.
Enquanto isso, ao lado, um peão de obra sonhador, com suas mãos calejadas, mas um coração encantador. Ele moldava o cimento, erguia paredes altas, sonhando com castelos e com jornadas extraordinárias.
O filósofo falava de mundos e liberdade,
teorias flutuantes em busca da verdade.
“Quem sou eu?” ele perguntava ao vento que passava, “Sou apenas um pensamento ou uma ideia que se lavra?”
O peão ouvia atento, com os olhos brilhando,
enquanto sua alma dançava, seus sonhos se expandiam. “Construo meu destino com cada tijolo que coloco, e mesmo no concreto, meu espírito não se esvaziou.” Eles se encontraram numa pausa do labor, um diálogo entre mundos: razão e amor. “O que é a vida?”, questionou o pensador.
“É o suor do trabalho ou a liberdade em um segundo?”
O peão sorriu e disse: “A vida é construção!
É cada dia vivido com amor e dedicação.
Não importa o que se pensa ou o que se escreve em papel,
Meu sonho é simples: tocar as estrelas sob este céu.”
E assim a troca fluiu entre o filósofo e o sonhador, unindo suas visões numa dança de esplendor. Um pensador e um peão, dois mundos a se encontrar, na essência da vida, ambos foram navegar.
O filósofo aprendeu que no chão há sabedoria,
e o peão descobriu que sonhar é poesia.
Entre as paredes erguidas e os pensamentos profundos, nasceu uma amizade que transcendeu os mundos.