O Peão e o Filósofo.

Num canto da cidade, sob o céu em transformação, um filósofo pensava, em busca de uma razão. Com livros e palavras, ele desfiava a vida, questionando o universo, a mente sempre aguerrida.

Enquanto isso, ao lado, um peão de obra sonhador, com suas mãos calejadas, mas um coração encantador. Ele moldava o cimento, erguia paredes altas, sonhando com castelos e com jornadas extraordinárias.

O filósofo falava de mundos e liberdade,

teorias flutuantes em busca da verdade.

“Quem sou eu?” ele perguntava ao vento que passava, “Sou apenas um pensamento ou uma ideia que se lavra?”

O peão ouvia atento, com os olhos brilhando,

enquanto sua alma dançava, seus sonhos se expandiam. “Construo meu destino com cada tijolo que coloco, e mesmo no concreto, meu espírito não se esvaziou.” Eles se encontraram numa pausa do labor, um diálogo entre mundos: razão e amor. “O que é a vida?”, questionou o pensador.

“É o suor do trabalho ou a liberdade em um segundo?”

O peão sorriu e disse: “A vida é construção!

É cada dia vivido com amor e dedicação.

Não importa o que se pensa ou o que se escreve em papel,

Meu sonho é simples: tocar as estrelas sob este céu.”

E assim a troca fluiu entre o filósofo e o sonhador, unindo suas visões numa dança de esplendor. Um pensador e um peão, dois mundos a se encontrar, na essência da vida, ambos foram navegar.

O filósofo aprendeu que no chão há sabedoria,

e o peão descobriu que sonhar é poesia.

Entre as paredes erguidas e os pensamentos profundos, nasceu uma amizade que transcendeu os mundos.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 21/10/2024
Código do texto: T8178336
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