Alma adormecida

 

 

Adormecida, a alma de asas caídas,

com o coração, fraco em suas batidas,

há muito perdeu a vontade de voar!

Sequer corre contra o tempo, vive somente

por viver...

 

Esse mesmo tempo, que não espera,

ainda assim, sabe que é preciso correr.

Por não ter mais voz nem ouvidos,

de muitas coisas se cansou...

e agora nem disposição tem para sofrer.

 

Sem tempo para parar, para escutar,

o coração com o silêncio se conformou.

A sua fragilidade o impede de forçar

qualquer coisa fora do alcance

das coisas que a sua alma tanto sonhou.

 

Sem tempo para ler, sem escrever,

percebe o curto tempo que tem de seu,

agarra-se a qualquer coisa banal

para viver.

 

Vive agora sem espera ou lamentos,

guardará em segredo, tudo aquilo

o que o amor lhe deu para cedo não

morrer.

 

Entrega-se a ocupações outras,

a intenção é acreditar num tempo futuro,

que sua luta deixe alguma semente, enquanto

a vida foge para alguns, para outros,

apressada a vida sem graça, passa,

a alma desanimada, disso nem quer fugir.

 

No que chama de vida real, busca motivação

ou negação, que seja, para dar algum sentido

ao seu próprio existir.

 

Liduina do Nascimento

°
Enviado por Liduina do Nascimento em 20/10/2024
Reeditado em 22/10/2024
Código do texto: T8178282
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.