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Vestígios no Tempo

 

Nos caminhos que cruzamos, deixamos marcas,  
Vestígios de passos que o vento não apaga,  
Como ecos emoldurados nas horas que passam,  
Cada decisão, cada silêncio, desenha o que somos.  

 

No compasso do agora, o ontem já sussurra.

São nossos os rastros que traçam o infinito,  
Onde o tempo não perdoa, mas ensina.  
Entre o ontem e o amanhã, somos o instante,  
A poeira dos sonhos que ousamos plantar,  
E os ventos da mudança que aprendemos a abraçar.

 

As pegadas que deixamos, nem sempre retas,  
Desviam-se, tropeçam, caem no esquecimento,  
Mas em cada desvio há uma nova chance,  
De encontrar a beleza em ser imperfeito,  
De aceitar que o tempo molda, mas não destrói.

 

E quando olharmos para trás, no horizonte distante,  
Veremos que o tempo não é inimigo,  
Mas cúmplice da jornada, desenhando nossas sombras,  
Num quadro que nunca se apaga por completo,  
Deixando o essencial: os vestígios do que sentimos.

 

Então seguimos, sabendo que cada passo é sagrado,  
Mesmo que no futuro sejamos apenas lembrança,  
Pois nas pegadas que deixamos no mundo,  
Existirá sempre o eco de quem fomos,  
E o mistério eterno de quem poderíamos ter sido.

 

 

 

 

 

 

 

 

A Sales
Enviado por A Sales em 19/10/2024
Código do texto: T8177493
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