Bruxaria
É outubro, e as ausências se achegam.
As negras pupilas dilatam entre uma nuvem e outra,
Todas carregadas de saudade e de cinismo.
É outubro, e as gargalhadas ressoam, aconchegam.
Elas passeiam sobre as certezas e sob perigosos sonhos, risonhos,
Divagando de vassoura em vassoura.
É outubro, e no ar, está a poesia,
estão os portais desconhecidos,
A sinestesia
Abrindo e fechando,
Ao meio dia,
Enquanto a noite, como açoite
Se perde
E se transforma em teoria.