PINGO D’ÁGUA I
Foi numa folha que vi correr,
senti escorrer uma gotícula
de… vida. devagar chegou
também, o orvalho… seu
amigo. De manhã, numa
brisa tão leve e suave,
logo se tornou um sereno
Este pingo, esta gota
foi longamente regada,
cuidada, ceifada pela arte…
e somando todas veio a
chuva de pétalas, seguida
de puro aroma de inspiração.
Não houve tempestade
furacão, menos ainda
deserto…
Aconteceu então no mais
pleno silêncio, um grito
mudo que assustou o surdo.
E a gota percorreu.
Vejam a folha!
Sinta a árvore
respire
profundo
na mente
a pequenez imensa
que se tornou uma
gigantesca…
Natura viva
na vida nossa
cotidiano que serve-nos
de escola para nos ensinar
a proteger
viver.
O suor escorreu pelos
rostos alheios
deveras, denominado
humanos.
Troque suas lágrimas
pelas gotinhas, e assim
veremos futuro
e nem teremos que
nos mudar para marte…
Morte?...
Não arrisquemos
com a sorte.
É porte.
Editada em 14.09.1996
Reeditada em 18.10.24
Eugênio Costa Mimoso.