Olhos famintos

Olhos famintos, sem um toque, sem pressa,

Desabotoam meu ser, numa dança que começa.

Mãos invisíveis, deslizam no ar,

Aquecem meu corpo, fazem meu coração pulsar.

Um olhar é um abraço, um convite sutil,

Reverbera a promessa de um prazer febril.

Bocas que anseiam, em silêncio profundo,

O néctar do desejo, o sabor do mundo.

Em cada troca de olhares, o tempo se desfaz,

E a distância se encurta, enquanto tudo se faz.

Nesse jogo sutil, onde a alma se entrega,

Os olhos famintos revelam a entrega.

Daniele Pereira
Enviado por Daniele Pereira em 18/10/2024
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