B U S C A
Faz tantos anos que eu andava
pelejando, correndo atrás de você.
E tu relutavas em abraçar-me…
em… perdoar-me.
Mas, de repente quando tudo
parecia acabado…
martirizado…
Ei-lo novamente.
Desta vez abria seus franzinos
braços, pedindo-me para voltar.
E eu, filho pródigo
animei
apostei
sonhei e agora no ato de
ajustar o eu no nós…
veja só… Tu já não existes mais.
Hoje faz anos que nos conhecemos,
no entanto só agora que formalmente
estamos sendo apresentados
amados
profetizados
concretizados.
Terminou?
Não… e creio que jamais terminará.
Eu, pobre
demaré
respiro
sinto
vivo e
sofro… porque tu vives em mim.
E eu já não quero mais.
Busquei
teimei e agora resto-me
aqui. Estranho! Parece que
existíamos antes. Talvez de
algum lugar da vida
de uma mulher que sente
não suporta…
só aguenta as penúrias
do tempo marcado pelo
velho e pelo feio.
No entanto nada se perde
quando se quer encontrar.
Vamos tentar juntos?
Que bom que você veio.
Vai ficar?
Bem vinda. Felicidade
nua… Tempo de espera
para sua lagarta
se transformar
na minha borboleta.
Violeta.
Encontrei…………………………..
Editada em 10,09.1996
Reeditada em 17.10.24
Eugênio Costa Mimoso.