D E S P E N S A

Para escrever estes miseráveis versos,

Precisei da minha nudez intensa.

Foi necessário que eu, na minha insignificância

vencesse o sagrado e celebrasse o profano.

Com meu genital repousado na mão,

até o chão… gélido, ouço a música que

me inspira a ser, como eu sou…

Ninguém?

Exatamente……………………………Nãoooooooooooooooooooooooo

Urrei!

O frio no meu dorso é incalculável, pois

ao despir-me, estive com quem eu nunca

deveria estar…

Comigo?

Eternamente………………………………… Simmmmmmmmmmmmmmmmmm

Agora, com a base tremendo, dou uma pausa nesse

momento… que só ELE… sabe

Realmente…………………………………. Cotidianamente…………………………

O custo, e o preço que faço de esforço

para merecer…

O quê?...............

O estancar de minhas veias

frente ao cansaço absurdo que

Busco sobreviver, vivendo.

Toalhas ensopadas de lágrimas,

entretanto, mesmo assim

sonho em ser…

Quem?

Euuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu… Não se iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Tentei. Recusei, tranquei.

Aqui está a questão.

Busquei exemplos no

meu genitor… meu

fabrica-dor… profes-sor.

Eis-me sentado sobre

uma enorme pedra a

cochilar… Certíssimo estou.

Despeço-me

despido

como nascera.

Pudera…

A culpa é da…

Originalidade

pecaminosa e

bondosa

gostosa

do pecar.

Foi aqui que eu

inventei meu esconderijo.

Aprigio.

Uma folha de uva?

Quiçá era de urtiga…

Foi-se… danou-se.

Editada em 02.09.1996

Reeditada em 14.10.24

Eugênio Costa Mimoso.

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 16/10/2024
Código do texto: T8175186
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