Há em ti e em mim...
Nossos corpos pintados,
Contemplados no ciclo sagrado,
Vestidos de vontades e chamas,
Será, que amar é pecado!?
Diz-me tu, amas-me!??
O é apenas um simples prazer,
A ilusão do satisfazer o querer,
Não basta sermos pénis e vagina
Há que estarmos conectados,
Não basta sermos prosa ou poesia
Há que termos conexões,
Estamos na mesma sintonia,
Nas mesmas vibrações,
Indubitavelmente,
Saber o que é fazer amor,
Não é o simples queimor,
É um bem maior,
Um eternizar de almas,
Muito além dos lençóis,
Desta cama, ou chamas,
Na representação do número
Você na quarta escala,
Eu subindo a montanha,
O autêntico explorador,
Para o fixar da sua região,
Nossos corpos a todo vapor
Exploro as rochas sem fim,
Conectado no interior do jardim,
Há em ti, o pouco de mim...
No soletrar dos seus lábios,
Que desmistificam a glande,
solfejos macios,
Em plena vontade,
Na prova do prazer,
Elevar o cérebro,
Há que ter...
O norte da questão,
Deixar o coração,
Acelerado de tesão,
Sentir o tremor do corpo,
Sem saber a real explicação,
Delinear o ímpeto,
Apenas a plena satisfação,
Do elixir sagrado da comunhão,
Quando os cosmo se alinham,
Num horizonte de estrelas,
Nas certas entrelinhas,
Os fluídos se misturam,
Formando uma só substância,
É essa a verdadeira essência,
É essa a ciência,
Surgem arcos envolta das íris,
Radiantes são os cílios,
E os suspiro,
Definem os silêncios,
As nossas marcas deixadas,
Em brancos lençóis,
Na apoteose dos sóis,
Nas vestes dos ensejos de nós,
Em cada vestígios,
Naquele instante de prestígios
Onde nos deixamos inocentes,
Ao repouso das nossas vontades (...)
(M&M)