SEMPRE O POETA

 

 

Vem a noite. Escura, escura.

E o poeta canta. Seus versos fluem.

Não há sombras, não há tropeços.

Ele canta ao som das estrelas.

Canta no desvario de cantar.

 

Vem a madrugada. Rubra, clara.

E ele canta. Sua voz é a mesma.

Não há luz demais. Não há reflexos.

Canta junto à brisa que vem.

 

E canta no dia que se abre como uma flor.

Canta porque, poeta, canta a vida que vive.

E sobrevive do seu canto sem tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 14/10/2024
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