ADORMEÇO

Meu peito, mar Indócil

Ondulado feito uma rosa

Meu barco navega ligeiro

Buscando o sossego de teu cais

O bater na rocha levanta espuma

Produz um som que em mim floresce

Fora de teus domínios não há nada

Apenas mundo que fenece

Mundo onde impera o silêncio

De coisas inanimadas feito estátua

Sem cor, sem graça, sem vida

Navego em ondas invisíveis

Até ancorar em tua areia

Deito em teus braços e adormeço

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 14/10/2024
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