ADORMEÇO
Meu peito, mar Indócil
Ondulado feito uma rosa
Meu barco navega ligeiro
Buscando o sossego de teu cais
O bater na rocha levanta espuma
Produz um som que em mim floresce
Fora de teus domínios não há nada
Apenas mundo que fenece
Mundo onde impera o silêncio
De coisas inanimadas feito estátua
Sem cor, sem graça, sem vida
Navego em ondas invisíveis
Até ancorar em tua areia
Deito em teus braços e adormeço