257-CENA IRREAL

257-CENA IRREAL

Volto a olhar para o infinito,

universo de nós dois.

vejo nuvens passageiras

nimbos se ajuntando,

aquele perfil formando,

meu mito no céu de anil.

Cena real.

Diálogo impossível,

chamas ancestrais.

instintos animais?

Fogueira da paixão,

fogueira de mágoa?

Olho as sementeiras

ávidas de amor...

ressequidas quase mortas,

sem uma gota de afeto.

Clamor indizível,

angústia inefável.

Cena irreal.

Infinito azulado

de felicidade...

Alma em tempestade,

Transforma meu sonho

em realidade...

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 06/12/2005
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