Lágrima

Mortas as horas

O que espero?

Que passem elas

Pelas janelas

Que não abro

Já não

E não já

Giram as mesas

Por ora,

Apenas represa

Profundo pesar.

Mortas as horas

E lá fora

Contínua a chuva

E aqui neva

Nada de novo

Paixão

Seria luxo

Seria a tristeza

Agora

Toda tendência

A se observar?

Caiu o orgulho

Por terra

Bem como o muro

Construído

Na tola guerra.

Mortas as horas

Assim como eu

Por aquele corte

A falta de norte

E de afago

Solidão

Solilóquio

Eis o que resta

E se ancora

Bem no fundo

Deste ferido mar.

Well E
Enviado por Well E em 13/10/2024
Reeditado em 14/10/2024
Código do texto: T8172315
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