M O M E N T O S

Ia eu passando n’uma via fria…

ia trilhando-a

apreciando essa estrada vaga.

Absorto

eu vagava, andava, mas…

nunca que eu chegava.

Logo, diante dos meus olhos

Vi a vida cantando… brotando.

Que maravilha, era uma um desabrochar!

Cabelos longos

cintura fina

corpo esbelto

sonhos mil.

Que sensação nata!

Quinze anos

sonhava em ser;

vida sob medida

sem nenhuma razão.

Senti vergonha daquele momento.

A que ponto aquela senhorita se

entristecer tanto. Mesmo assim,

Sorria… mesmo com ou…

Sem fantasia.

Respirar… pelo menos por alguns

instantes… desejei.

Estranho!

Quem me dera não fosse

uma miragem… entre a bacia

e eu… na via, beco estreito.

Ela tinha um viso tão suave.

Que me custa pintá-lo.

No entanto, em momentos

complicados como aquele,

só nos resta uma atitude.

Apreciá-la.

Assim fora feita.

Finalizada sua fala, a

caixa de sua história

fora aberta, e ela pagara a conta.

Perdera sua genitora. Pesadelo.

Vivendo sua puberdade, agora já quase

adolescente… revelou-se ser

mais o que supunha o tempo.

Afinal, seu casulo rompera

e eis que uma linda borboleta

nascera.

Metamorfose…

pode ser.

Mulher… é assim que ela

tornara… primeiro amor

daquele que um dia se

tornaria dono dos seus versos.

Aquele que descreve a dor,

mas que não desmerece o amor.

Uma flor.

Jardineiro eu sou…

Cuide-se…

universo.

Editada em 23.03.1996

Reeditada em 12.10.24

Eugênio Costa Mimoso.

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 12/10/2024
Código do texto: T8172033
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