Arrasto


Nos solstícios do teu olhar
vou compondo meus poemas
num caminho à beira-mar
onde és luz na minha cena.

Tão forte teu corpo é sol
nas estações que me inspiram.
Tão frágil sou caracol
atraído por essa pira.

Vou sorvendo esse amor de arrasto
que me alimenta de água e fogo
e assim vivendo lentamente...

De lágrima e suor no rastro
transbordando esse amor aos poucos
e assim morrendo eternamente...