SÊXTUPLA… FACE
Loucura seja o fato de num
ato, realizar os sonhos de
outrora… aurora. No entanto,
vagueia pelos campos os
desejos de um pensamento…
… Estamos fartos de tanto sofrer …
Éramos uma dupla, agora triplicamos
e nestes últimos tempos já não contamos
mais com a sorte, sem antes pensarmos.
… Jô … Jú … Peba …
E o primogênito?
Nunca existira de fato.
Parabéns, saúdam uns
outros, silenciam. Perdura
então o sentimento de ruptura.
Lá no íntimo essas vidas foram
cessadas, abstraídas, devolvidas.
Morte, fora a sorte da histórias
de nós três. Viram as vísceras
esvoaçando ao vento e na estrada
do socorro… ninguém ouvira o grito
mudo do mundo daqueles que recebera
a triste notícia… coelho foi-se. Maldito.
Explicações?
Para quê?
Para quem?
Era apenas mais um que a vida dilacerava
com a droga lícita do pensamento, não tem
cabimento.
Tudo se perdera na saudade.
E o que parecia óbvio, tornou-se
uma catástrofe…
adoção… ablução… confusão.
Tudo parecia resolução
para uma sociedade
covarde que lhe negara apoio.
E a conta chega meu caro!
Até para o bom samaritano.
Custos
precatórios.
Decisões a parte, não fora
escolha daqueles três que
restaram solitários nas curvas
da velha e boa vida.
Tudo merecia ser tudo tão
correto, concreto. E assim
foi… para um lado da balança
ficara pesos enormes…
Do outro… nada, nada, nada.
No seco, sem água. Bravata.
E assim foi o monólogo.
A fauna fora extinta e no
resto, nove fora nove,
restaram duas.
Não se sabe por onde.
E a caridade
falecera
sem direito de velório.
A bênção pai… a bênção mãe…
dormem com Deus.
… E no apagar das luzes …
Macarrão já não existe mais.
e glória está nas alturas.
A história continua, mesmos
depois dessas…
Editada em 30.11.1994
Reeditada em 11.10.24
Eugênio Costa Mimoso.