Rastos, Pedras e Palavras
Fito a palavra e seus desejos
arreganho e castro o seu teor
degusto seu suor e me amedronto
Fico à deriva em seu sal nebuloso
finco o olhar sem limites castos
sobre miragens íngremes
Entre nuvens astrais
recomponho meu céu
almejo o calor de seus ventos luminosos
que embriaga e tece a noite
Viajo nas lacunas dos sonhos e lágrimas
adormeço em rastros verticais
sou espinho ruído por rosas que choram
Fecundo em pedras carnais
a dor que me eleva e mata
morro no seio do meu ser...