Nas portas do paraíso
Lua eterna, única testemunha
Da noite de desejo e fervor,
Onde duas almas se perdiam em volúpia,
Deliravam e desmaiavam de amor.
Sussurros a noite silenciava,
Nas sombras daquele mundo onírico,
Onde o poeta morria e ressuscitava
Nos braços da filha do empíreo.
Daquela noite restará somente a lembrança,
Gravada na memória do infinito,
E o poeta viverá na eterna esperança
De voltar às portas do paraíso.