Quietude
Viajo no imaginário a cada dia
navego em um mar de poesia
afogo-me na arte vazia
morro na tristeza dos meus dias
renasço em meus orgasmos ocasionais
esqueço-me na solidão ruidosa das ruas
ouço o apelo de vozes, de sombras nuas
reinvento-me no prazer dos nossos corpos
em dias esquecidos, distantes, descabidos
finjo-me em espirais de fumaça colorida
choro por dentro, em segredo, com medo
sem datas, sem sonhos, sem magias...