A cada madrugada
Amor primeiro, embebido em inocência,
Aquele que lembro ainda entre flores,
Nem sabíamos da existência dos amores,
E nos amávamos com toda pureza.
Mãos dadas, caminhando na relva,
Nas brincadeiras bobas e infantis,
Nos gestos e olhares mais sutis,
Com nossas mães conversando nas janelas.
As inúmeras vezes que tuas tranças
Na noite sobre meu peito dormiam,
Em meus sonhos impuros de menino,
Quando já não éramos mais crianças.
E agora aguardo o anúncio da alvorada,
Fim deste sonho em forma de lembranças,
Vem trazer-me de volta a esperança
De lembrar-me de ti a cada madrugada
{2008}