A cada madrugada

Amor primeiro, embebido em inocência,

Aquele que lembro ainda entre flores,

Nem sabíamos da existência dos amores,

E nos amávamos com toda pureza.

Mãos dadas, caminhando na relva,

Nas brincadeiras bobas e infantis,

Nos gestos e olhares mais sutis,

Com nossas mães conversando nas janelas.

As inúmeras vezes que tuas tranças

Na noite sobre meu peito dormiam,

Em meus sonhos impuros de menino,

Quando já não éramos mais crianças.

E agora aguardo o anúncio da alvorada,

Fim deste sonho em forma de lembranças,

Vem trazer-me de volta a esperança

De lembrar-me de ti a cada madrugada

{2008}

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 09/10/2024
Código do texto: T8170037
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.