Meretriz II
(J.N.R)
Cruel e suja meretriz,
Perfumou-se da inocência dos anjos,
De tudo que o poeta sonhara e quis,
De brancura, pureza e sonhos santos.
Pensava tão belos teus atos,
Que, pelo poeta, tua alma tremia;
Em verdade, sonhavas outros falos,
Guiada pelo fogo da tua vagina.
Meretriz disfarçada de menina,
Carnaval insano e diário,
Espero que morras em agonia,
Que teu espírito habite o báratro.
{2007}