Meretriz II

(J.N.R)

Cruel e suja meretriz,

Perfumou-se da inocência dos anjos,

De tudo que o poeta sonhara e quis,

De brancura, pureza e sonhos santos.

Pensava tão belos teus atos,

Que, pelo poeta, tua alma tremia;

Em verdade, sonhavas outros falos,

Guiada pelo fogo da tua vagina.

Meretriz disfarçada de menina,

Carnaval insano e diário,

Espero que morras em agonia,

Que teu espírito habite o báratro.

{2007}

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 09/10/2024
Código do texto: T8170031
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