Desmedido
Insanidade desvairada e desmedida,
Esta que corre em minhas veias,
Regendo minha boêmia vida,
Que a cada amor devaneia.
Saltitando entre anjos e deusas,
O coração do poeta vaga,
E no ópio doce das musas,
Minha alma se embriaga.
No amor baseia sua existência,
Amar desmedidamente é sua sina,
Nos versos, a prova de sua demência,
Por todos os anjos que sua pena eterniza.
{2006}