Desmedido

Insanidade desvairada e desmedida,

Esta que corre em minhas veias,

Regendo minha boêmia vida,

Que a cada amor devaneia.

Saltitando entre anjos e deusas,

O coração do poeta vaga,

E no ópio doce das musas,

Minha alma se embriaga.

No amor baseia sua existência,

Amar desmedidamente é sua sina,

Nos versos, a prova de sua demência,

Por todos os anjos que sua pena eterniza.

{2006}

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 09/10/2024
Código do texto: T8170019
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