A SERENATA DAS PEQUENAS ALEGRIAS
Em meio à dança frenética dos dias,
você, que caminha apressado,
já parou para ouvir o sussurro do vento?
As pequenas alegrias, essas preciosidades,
escondidas nas frestas do cotidiano,
esperam por um olhar atento,
por um coração que se abra à simplicidade.
Imagine a pesca, não como um ato de necessidade,
mas como um momento de serenidade,
onde cada onda traz consigo
o murmúrio de um sonho,
e o sol que se despede em raios dourados,
como um artista pintando sua obra-prima
no vasto quadro da vida.
Caminhe, então, como um poeta,
com os olhos da infância,
onde cada passo é uma rima,
cada amanhecer, um verso.
Deixe que a pureza do olhar
revele os segredos escondidos
nas sombras das árvores,
na luz que filtra entre as folhas.
Não desejo amar menos,
nem sorrir com menos intensidade,
mas encontrar os gestos amenos,
os poemas pequenos que habitam
as esquinas do dia a dia.
Saboreie os aromas que dançam no ar,
brinque com a manhã,
deixe que a tarde acaricie sua alma,
como se cada instante fosse
uma joia rara, um tesouro único.
É nesse ato de amar,
de descobrir culturas e compartilhar sabores,
que a essência da vida se revela,
como um perfume que se espalha
num campo florido.
E, no final, o que importa
não é a grandiosidade dos gestos,
mas a beleza de pequenos amores,
que se entrelaçam,
tecendo a tapeçaria do nosso ser.