O poeta Nathan de Castro enviou, pela Net, o seguinte soneto, o qual se encontra publicado no «Recanto», como podereis verificar:
Soneto para garimpar sonhos
Por quantas vezes eu me vi na estrada
a confundir cristais com diamante...
Às vezes, penso que perdi o instante
do apaixonante sonho de alvorada.
Por quantas vezes vi, sem dizer nada,
o brilho de uma pétala distante...
Não fui ao seu encontro e, sempre errante,
vaguei um verso frio à madrugada.
Juntando pedras falsas e sonetos,
sigo a marcar os trilhos do caminho...
E cumpro esse meu canto garimpeiro!
Talvez uma pepita entre os gravetos
do tempo, inda me traga à flor do ninho
o encanto de um brilhante derradeiro!
E eu enviei-lhe a seguinte resposta:
Sonho para garimpar sonetos
O sonho é um relâmpago fugaz
que é necessário transformar em luz.
Garimpar, garimpar é a nossa cruz
que não nos deixa sossegar em paz.
Quando pensamos que a maré nos traz
um diamante com que nos seduz,
logo expulsamos o que não reluz
e que trazemos dentro do cabaz.
Reflexivos cristais foram, talvez,
lançados para o lixo, dando a vez
a um soneto de tremer a voz.
Marcar os trilhos do caminho a giz
é trabalho ciclópico e infeliz.
Poeta-garimpeiro! Vida atroz!
Soneto para garimpar sonhos
Por quantas vezes eu me vi na estrada
a confundir cristais com diamante...
Às vezes, penso que perdi o instante
do apaixonante sonho de alvorada.
Por quantas vezes vi, sem dizer nada,
o brilho de uma pétala distante...
Não fui ao seu encontro e, sempre errante,
vaguei um verso frio à madrugada.
Juntando pedras falsas e sonetos,
sigo a marcar os trilhos do caminho...
E cumpro esse meu canto garimpeiro!
Talvez uma pepita entre os gravetos
do tempo, inda me traga à flor do ninho
o encanto de um brilhante derradeiro!
E eu enviei-lhe a seguinte resposta:
Sonho para garimpar sonetos
O sonho é um relâmpago fugaz
que é necessário transformar em luz.
Garimpar, garimpar é a nossa cruz
que não nos deixa sossegar em paz.
Quando pensamos que a maré nos traz
um diamante com que nos seduz,
logo expulsamos o que não reluz
e que trazemos dentro do cabaz.
Reflexivos cristais foram, talvez,
lançados para o lixo, dando a vez
a um soneto de tremer a voz.
Marcar os trilhos do caminho a giz
é trabalho ciclópico e infeliz.
Poeta-garimpeiro! Vida atroz!