desejo e consumação

Minhas mãos, meu coração a desdizer

A distância, seus seios a me

sugerir – vem, misteriosa fome!

Me devore! me ame! já estamos desenganados!

Deito minha boca na fonte,

Água cristalina, agua feminina

O sexo, flor de pétalas rosáceas,

E o sino brilhoso iluminando o desejo,

E nossas mãos, fortes, violentas.

Duas vontades, e o delírio da carne!

adentramos, e somos juntos, luz e engasgo.

Nenhuma palavra, o espanto mudo, o aperto

A explodir por dentro, não somos mais nada,

Só frescor no caroço da tempestade