OUTRA METADE
Eu … quase um poeta
tu … minha nobre inspiração …
Razão, prepotência do ser,
eu … essência do nada.
Pena, arte e vida, emoção
no ar, jeito de amar tudo
aquilo que é meu … quase por
… inteiro …
Prazer
dor
sorriso
brilho de olhos a se
conquistar o eu …
Tu … vida minha que chega
que sustenta
encanta
chora, vivem.
Teus olhos são azuis
já, vendo que a calvície será
do papai … eu, corujista que
sou, mesmo sendo míope,
sou capaz de observar, que
o vento sopra de fininho e
que o criador coloca sobre
os meus ombros o realizar.
eu … sou …
tu és … minha outra
toda sua própria
idade…
… amemo-nos …
por inteiramente, sem outra
nenhuma, que faças eu e tu
coabitar do disfarçar de
uma separa ação.
Carne
ossos
espírito
cinzas
pó
barro
No entanto, ligados
e o que nos unirá …
não deixe de jamais
existir entretanto …
Resitas o que ainda
resta nos acontecer.
Amar, jejuar
compadecer-se
da humanidade um do outro,
meu seguro porto
de todos os navegantes.
Poesia, isso é uma forma
de magia de pintar o inexplicável.
Traçar sentimentos tão ocultos
e grandiosos que só os corações
inspirados conseguem traduzir.
Companha para mim?
Porque meu coração composto
é todos teu… minha sinfonia
nossa feliz e grandiosíssima…
A-LE-G-GRIA.
Sou todo teu
amor meu…
aprecie minha fragrância
nessas ternas letras que
foram um dia, apenas:
pó
água
lama
um bolo de barro
e sopro …
hoje … pena que traduz
sentimentos
em versos
estrofes
rimas
sorte…
declarações.
Perdão, por ainda não
trazer nesta minha idade
tão humana a perfeição.
Mesmo trepudiando
renuncio
ao que meu redor
se faça e repito.
… Você é meu pirulito …
E eu sou teu palito …
Cada um se somando
para mais, menos, multiplicando
dividindo, elevando as potências
da vida o nós.
Metades.
Idades.
Experiências pura de:
A M O R… meu.
Editada em 01.04.1994
Reeditada em 06.10.24
Eugênio Costa Mimoso.