O mito do Rei Tântalo

O rei Tântalo, o predileto dos Deuses,

Tinha uma grande e improvável ambição...

Provocando a ira das divindades muitas vezes,

Numa vida de riscos, de um rei sem noção...

Seu grande e inalcançável desejo,

Era num Deus se transformar...

E sempre que existia um ensejo,

Só fazia aos Deuses provocar...

Seu comportamento era grande contradição,

Procurava aos onipotentes irritar...

Roubara néctar e ambrosia e de Zeus não devolvia o cão,

Parecia que o rei irreverente, com os Deuses queria brincar...

Até que num certo dia,

Tântalo aos Deuses convidou para banquetear...

Travessas fumegantes com iguarias,

Para que pudessem se servir e fartar...

Mas os Deuses imortais,

Estavam de fato com ele desconfiados...

Somente a deusa Demeter e nenhum mais,

Provou dos alimentos servidos assados...

Teve uma grande surpresa,

Além de muita e indignada reação...

Ao saber que o que consumia a mesa,

Era carne humana, provocando sua indignação...

Mais ainda, os deuses ficaram revoltados,

Quando do pior eles souberam...

O que já estava servido errado,

Era o filho do rei, o que lhes trouxeram...

Essa foi a última brincadeira do rei,

Brincadeira trágica, os deuses não quiseram aceitar...

Um crime de um homem sem parâmetros ou lei,

E os olímpicos, firmemente vieram a castigar...

A pena não seria pouca,

Foi severa a punição...

O castigo, uma coisa louca,

O Tártaro, uma intolerante condenação...

Seu inferno, era um imenso e lindo lago a se perder,

Com água até os joelhos e frutíferas das mais diversas...

Onde o condenado não podia beber ou comer,

Sentenciado a viver dessa forma imersa...

Sonhando com uma mesa de fartura,

Com comida e bebidas a vontade...

Vivendo uma vida eterna, sofrida e dura,

Onde nem a morte lhe foi oferecida como saciedade...

Zeus ressuscita seu filho,

Ficando sobre o pai a maldição...

O rei virou maldito maltrapilho,

Por sua insaciável insatisfação...

A vaidade obsessiva, em querer ser um imortal,

Fez o grande rei, sobre sua ambição tombar...

Devemos nos concentrar somente ao que é essencial,

Apenas o possível devemos almejar...

Deus pode se fazer homem, pessoa,

O homem não pode se fazer onipotente...

A vida, todos os dias entre nós mortais escoa,

É o exemplo mais incontestável e evidente...

Nagredla
Enviado por Nagredla em 06/10/2024
Código do texto: T8167751
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