Poema Cinza e Solitário
Sou um poeta solitário e cinza,
Que do amor não espera sonhos,
Somente o fruto que definha.
Sou aquele que o anjo fascina,
Que a beleza torna escravo,
Que o perfume das musas vicia.
Sou a antítese do alabastro,
Cavaleiro do crepúsculo e da noite,
Guardião das lágrimas e do passado.
Sou o que ama a morte e sua foice,
O último amante dos seres alados,
O triste poeta cinza e solitário.
(2007)