Poema Cinza e Solitário

Sou um poeta solitário e cinza,

Que do amor não espera sonhos,

Somente o fruto que definha.

Sou aquele que o anjo fascina,

Que a beleza torna escravo,

Que o perfume das musas vicia.

Sou a antítese do alabastro,

Cavaleiro do crepúsculo e da noite,

Guardião das lágrimas e do passado.

Sou o que ama a morte e sua foice,

O último amante dos seres alados,

O triste poeta cinza e solitário.

(2007)

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 06/10/2024
Código do texto: T8167657
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.