Desespero do Poeta
Escrevo versos atônitos em desespero,
Como um louco profeta perdido em devaneios.
Escrevo minha insanidade inconsequente
Em versos puros, eloquentes.
E nas minhas linhas
Ninguém nada lê.
Nos meus caracteres,
Sentimento ninguém vê.
O mundo de neurônios
Minha poesia apalpa.
Do que lhe valem tantos neurônios
Se lhes falta a alma?
(2006)