Desespero do Poeta

Escrevo versos atônitos em desespero,

Como um louco profeta perdido em devaneios.

Escrevo minha insanidade inconsequente

Em versos puros, eloquentes.

E nas minhas linhas

Ninguém nada lê.

Nos meus caracteres,

Sentimento ninguém vê.

O mundo de neurônios

Minha poesia apalpa.

Do que lhe valem tantos neurônios

Se lhes falta a alma?

(2006)

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 06/10/2024
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