Voltou o querubim
Voltou o querubim
Do Porto
Com o vinho
Mais especial
Entregou para o
Serafim
Por sua vez entregou ao
Serafim de quatro asas
Duas das asas para a frente
Subiram
Cobriram os olhos
Adentrou no lugar sagrado
Trono do
Velho de barbas mui brancas
Ofereceu-lhe numa taça de ouro
Celeste
O mais precioso vinho
Já produzido pelos homens
Na terra.
Serafim iria sair de costas
Reverenciando o senhor
E este o chamou:
Não saia de minha presença
Não me deixe só
Convoque os outros serafins
Querubins e anjos todos
Também os dos corais
E músicos de todos os instrumentos
Venham na minha presença
Meu filho – o de mãos e pés dilacerados
A pomba branca
A mulher mãe de meu filho
Aquela de longos cabelos
Seu padrasto, o carpinteiro
Todos os outros amigos
Vamos fazer uma festa diferente
Neste lugar sagrado
Com essa bebida do mais prezar
Gosto
Chame aqueles dançam
Samba
Daquele país dos trópicos
E digam-lhes
Vamos tocar e sambar
Também o miudinho
Tomar o vinho do
Povo da mesma língua
Foi aí apresentado ao
Senhor de barbas mui brancas
Um instrumento novo -
O cavaquinho.
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 19 de janeiro de 2024.