O Fantasma

Na penumbra da noite perambulo,

Do silêncio dos mortos me alimento,

Do cemitério sou o sonâmbulo,

O senhor de todos os lamentos.

Sou somente as sombras

Do que um dia fora um homem.

No caixão, as minhas sobras

A terra e os vermes aos poucos comem.

Sou aquele que causa tormento,

Aquele que rouba teus sonos,

Aquele que destrói teus sonhos.

Sou aquele ser medonho

Que, junto a demônios,

Habita teus pesadelos.

(05/2005)

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 05/10/2024
Código do texto: T8167133
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