O Fantasma
Na penumbra da noite perambulo,
Do silêncio dos mortos me alimento,
Do cemitério sou o sonâmbulo,
O senhor de todos os lamentos.
Sou somente as sombras
Do que um dia fora um homem.
No caixão, as minhas sobras
A terra e os vermes aos poucos comem.
Sou aquele que causa tormento,
Aquele que rouba teus sonos,
Aquele que destrói teus sonhos.
Sou aquele ser medonho
Que, junto a demônios,
Habita teus pesadelos.
(05/2005)